14 de outubro de 2014

YES, NÓS SOMOS BANANAS




Durante 20 dias (o tempo em que não publico) aconteceram coisas inumeráveis, no amplo e no íntimo sentido. Para cada um de nós, para nossos desejos ou interesses. O mundo, por sua vez, movimentou-se como sempre na disputa pelo poder, e todos cumpriram o seu papel entre exploradores e explorados, ricos e pobres, pensadores e pensados, sofisticados e sem-teto, mendigos das estradas, moradores de cortiços, presos - principalmente os presos em quem a gente teima em não pensar a essa hora, com esse calor, os presos pequenos, os presos pretos que trazem ainda a revolta das galés. Como não estaríamos vivendo esse inferno sob o peso de tantas emanações pesadas?

O que vejo é que as eleições nos acenam com o retrocesso, e isso significa a liberação dos anos de inveja e raiva reprimidas. Não estou falando de Dilma e Aécio, que ainda não se confirmaram, mas do resultado geral em que a direita (e vamos chamar assim aos reacionários) organizada e rica, alastrou-se pelas câmaras de representação política.. Pensei e pensei e só pude me conformar com o que ensinam as oscilações da história: um tempo de progresso, outro tanto de retrocesso. "O físico", um filme em cartaz, mostra a quanto pode nos levar o obscurantismo e a vaidade extremada.

Digamos que a única coisa positiva foi a queda do clã Sarney no Maranhão. Não é pouca coisa para 50 anos de dominação. Que seja o início do fim da imortalidade do capo que resguardou o Maranhão do progresso geral, exatamente como fez Antonio Carlos Magalhães, que como se viu, era mortal.
Mas para essas figuras, a morte não significa nada. A única coisa que significa é o poder.

Quanto a Pezão... bom, se ainda votam em Pezão pós-Sergio Cabral, então não há mesmo nada para entender. Vejamos o que nos espera, embora já saibamos.

A imagem é uma tempestade de William Turner. Para que nos acostumemos às tempestades.

E se por acaso os desanimo, peço desculpas e reproduzo aqui a piada do José Simão:

No Rio, "Pezão esmaga Garotinho e o bispo passa por cima."

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